Organização do Trabalho Pedagógico - Pensadores da Educação - Bachelard
1884 -1962 |
"Nós acreditamos, com efeito, que o progresso científico manifesta sempre uma ruptura , perpétuas rupturas, entre conhecimento comum (senso comum) e conhecimento científico, desde que se aborde uma ciência evoluída, uma ciência que, pelo próprio facto das suas rupturas, traga a marca da modernidade. (...) Podemos pois colocar a descontinuidade epistemológica em plena luz. (...) A própria linguagem da ciência está em estado de revolução semântica permanente".
Gaston Bachelard critica as concepções continuístas da História das Ciências, introduzindo a categoria de ruptura para assinalar a dupla descontinuidade histórica e epistemológica que na mesma se verifica. A contínua retificação dos conhecimentos anteriores é a chave de todo o progresso científico. A ciência não é pois um conhecimento absoluto, nem rigoroso, mas apenas cada vez mais aproximado do sentido profundo da natureza. O progresso científico faz-se por meio de sucessivas rupturas.
Além do conceito de rupturas, criou o conceito de fenomenotécnica, que são "fenômenos que não estão naturalmente na natureza. Só por uma desrealização da experiência comum se pode atingir um realismo da técnica científica." (Bachelard, 1934)
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