Organização do Trabalho Pedagógico - Pensadores da Educação - Steiner

foto de Rousseau
1861-1925



“A Natureza faz do homem um ser natural; a
sociedade faz dele um ser social somente
o homem é capaz de fazer de si um ser livre.”




Em 1919, logo após a primeira guerra mundial, Rudolf Steiner criou uma escola na qual se aplicava uma proposta, criada por ele mesmo, denominada pedagogia Waldorf, que tinha como bases da aprendizagem as vivências, o cultivo do querer agir por meio da atividade corporal, o sentir por meio do trabalho artístico e artesanal e, o pensar, desde a relação com o imaginário de contos, lendas e mitos até o pensamento abstrato científico, já em séries mais avançadas.

Partindo de uma concepção holística do homem, orientada a partir de pontos de vista antropológico, pedagógico, curricular e administrativo fundamentados na Antroposofia, método de conhecimento da natureza, do ser humano e do universo, de concepção espiritualista. Nela o ser humano é apreendido em seu aspecto físico, anímico (psico-emocional) e espiritual, de acordo com as características de cada um e da sua faixa etária, buscando-se uma perfeita integração do corpo, da alma e do espírito, ou seja, entre o pensar, o sentir e o querer.

Parte da hipótese de que o ser humano não está determinado exclusivamente pela herança e pelo ambiente, mas também pela resposta que do seu interior é capaz de realizar, em forma única e pessoal, a respeito das impressões que recebe do mundo. O homem é concebido como tendo uma existência material e transitória, já que, nessa existência, encontra possibilidades de desenvolver uma identidade espiritual própria e autônoma, pois que o ser humano não nasce com todas as suas aptidões desenvolvidas, sendo portador de um potencial de predisposições e capacidades que, ao longo de sua vida, lutam por se desenvolver.

O processo pedagógico, através do ensino, atuando durante o desenvolvimento desse ser humano, procura dar as condições para quem o vivência de poder vir a definir sua própria vida. É claro que esse objetivo para o processo pedagógico pressupõe um currículo concebido de forma diferente do currículo tradicional.

O ensino teórico é sempre acompanhado pelo prático, com grande enfoque nas atividades corpóreas (ação), artísticas e artesanais, de acordo com a idade dos estudantes; o cultivo das atividades do pensar, inicia-se com o exercício da imaginação, do conhecimento dos contos, lendas e mitos, até gradativamente atingir-se o desenvolvimento do pensamento mais abstrato, teórico e rigorosamente formal, mais ou menos na época de ensino médio. Essa não exigência de atividades que necessitam de um pensar abstrato muito cedo é também um dos grandes diferenciais em relação a outros métodos de ensino.

O Saber, desta forma, não é a finalidade básica da educação, não é o fim último a ser atingido, mas o meio para que o aluno alcance harmonia e estabilidade no seu processo de autoconhecimento e também do conhecimento da realidade que o cerca.

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